Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Autor,
(Vinicius de Moraes)
2 comentários:
é uma covardia recitar Vinicius neh hihihi
eu sou suspeita porque eu amo Vinicius acho ele um dos maiores e melhores poetas
Mas esse soneto eu ainda não havia visto
muito lindo
Beijos
Concordo com você, Sayuri !
Vinicius de Moraes, é um excelente
e magistral escritor. Gosto muito da forma, como ele interpreta a vida e todo o conjunto, que nela está associado.
Um abraço
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