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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Soneto do amigo





Enfim, depois de tanto erro passado

Tantas retaliações, tanto perigo

Eis que ressurge noutro o velho amigo

Nunca perdido, sempre reencontrado.



É bom sentá-lo novamente ao lado

Com olhos que contêm o olhar antigo

Sempre comigo um pouco atribulado

E como sempre singular comigo.



Um bicho igual a mim, simples e humano

Sabendo se mover e comover

E a disfarçar com o meu próprio engano.



O amigo: um ser que a vida não explica

Que só se vai ao ver outro nascer

E o espelho de minha alma multiplica...


Autor,
(Vinicius de Moraes)

2 comentários:

Denise Sayuri disse...

é uma covardia recitar Vinicius neh hihihi
eu sou suspeita porque eu amo Vinicius acho ele um dos maiores e melhores poetas

Mas esse soneto eu ainda não havia visto
muito lindo

Beijos

Daiane disse...

Concordo com você, Sayuri !
Vinicius de Moraes, é um excelente
e magistral escritor. Gosto muito da forma, como ele interpreta a vida e todo o conjunto, que nela está associado.


Um abraço

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